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O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) cancelou a viagem à China que começaria neste domingo (26). O
mandatário apresenta um quadro de pneumonia e, após avaliações médicas, teve
que rever a agenda.
De acordo com o Palácio do
Planalto, o adiamento já foi comunicado para as autoridades chinesas com a
reiteração do desejo de marcar a visita em nova data.
Na última quinta-feira (23), Lula
deu entrada no Hospital Sírio-Libanês em Brasília com sintomas gripais. Após
avaliação clínica, foi diagnosticado um quadro de broncopneumonia bacteriana e
viral por influenza A, sendo iniciado um tratamento com antibióticos.
O presidente já havia adiado o
embarque, originalmente marcado para a manhã de sábado (25), para o domingo
(26). Agora, o comunicado oficial fala em novo adiamento até a melhora do
quadro de saúde e não prevê uma nova data.
"Após reavaliação no dia de
hoje [sábado] e, apesar da melhora clínica, o serviço médico da Presidência da
República recomenda o adiamento da viagem para China até que se encerre o ciclo
de transmissão viral".
O médico Roberto Kalil, que
acompanha a saúde de Lula, afirmou à Folha neste sábado que não houve
agravamento e que o adiamento da viagem ocorreu por uma questão de coerência.
"Ele está tomando
antibiótico na veia. Uma coisa é ficar aqui e tomar antibiótico, outra coisa é
pegar um voo de 30 horas", disse Kalil. "O presidente está muito bem,
está evoluindo bem. Mas a equipe médica da Presidência, a doutora Ana [Helena
Germoglio] junto comigo, sugeriu e o presidente e a [primeira-dama] Janja
decidiram [adiar]."
O médico lembra, inclusive, que a
influenza pode ser transmitida a outras pessoas o que reforça a necessidade do
adiamento da viagem.
Kalil estima que Lula possa
voltar a trabalhar já na semana que vem, mas que uma viagem para a China
poderia ocorrer somente daqui a aproximadamente dez dias.
Na sexta, o presidente havia
cancelado todas as suas agendas. No entanto, após descansar pela manhã, decidiu
participar de uma reunião com ministros que aconteceria no Palácio do Planalto
e passou para o período da tarde, no Alvorada, residência oficial da
Presidência.
Teve ainda uma reunião com o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar da crise sobre a
tramitação de MPs (medidas provisórias).